De acordo com o relatório Mary Meeker, 2017 foi o primeiro ano em que as vendas de smartphone não cresceram. As pessoas estão comprando menos smartphones, mas estão passando mais tempo online. Os negócios na China estão expandindo, assim como o e-commerce e os pagamentos via mobile. O Echo, da Amazon, é um hit. E por aí vai.

Essas são algumas das constatações do relatório anual Mary Meeker, que traz as principais tendências da internet para os líderes de marketing. A seguir, veja 12 destaques do levantamento e veja o que pensam alguns executivos sobre a importância do estudo.

  1. 2017 foi o primeiro ano em que não houve crescimento nas vendas de smartphones. À medida que mais pessoas tornam-se portadoras de celulares, essa alta fica mais difícil de acontecer. O mesmo vale para o crescimento de usuários da internet, que retraiu 7% em 2017 ante 12% no ano anterior. Com mais da metade do mundo com acesso à rede, sobram menos pessoas para se conectar.
  2. As pessoas, no entanto, ainda estão aumentando o tempo que passam online. Nos EUA, os adultos passaram 5,9 horas diárias no digital em 2017, 5,6 horas a mais do que o ano retrasado. Cerca de 3,3 horas foram dedicadas ao mobile, responsável pelo aumento geral no consumo de mídia digital.
  3. Apesar de lançamentos de alta estirpe – iPhones e Galaxy Notes da Samsung a US$ 1.000 – o preço global médio dos smartphones continua a cair. Custos menores ajudam a impulsionar a adoção dos dispositivos em mercados menos desenvolvidos.
  4. Pagamentos via mobile estão ficando mais fáceis de serem efetuados. A China continua à frente do resto do mundo na adoção da prática, com mais de 500 milhões de usuários ativos em 2017.
  5. Produtos controlados por voz como o Echo, da Amazon, estão decolando. Nos EUA, o uso de Echos cresceu mais de 30 milhões no quarto trimestre ante 20 milhões no terceiro trimestre.
  6. As empresas de tecnologia estão enfrentando um “paradoxo de privacidade”: estão na encruzilhada entre a utilização de dados para oferecer uma melhor experiência ao consumidor e violar a privacidade dele.
  7. As vendas de e-commerce continuam em aceleração. Em 2017, no mercado norte-americano, subiram 16%, 2% a mais que em 2016. A Amazon é detentora da maior fatia dessas vendas, com 28%. Já o desempenho do varejo físico é inversamente proporcional ao do comércio online, continua a retrair.
  8. Companhias de tecnologia estão competindo em mais frentes. O Google está amplificando sua atuação: além de plataforma de anúncios, está tornando-se uma plataforma de comércio com o Google Home Ordering. A Amazon, por sua vez, está indo para a publicidade.
  9. As pessoas estão investindo mais em health care, o que significa que talvez tenham que focar mais em valor. Meeker pergunta: “Será que as forças do mercado finalmente virão para o health care e baixar os preços para os consumidores?”
  10. Espere que as empresas de healthcare ofereçam mais experiências modernas de varejo, com lojas convenientes, transações digitais e serviços farmacêuticos on-demand.
  11. Espere que a tecnologia também transforme o trabalho. Da mesma maneira que os norte-americanos mudaram-se da agricultura para os serviços na década de 1990, os setores empregadores voltarão ao fluxo. Desta vez, espere mais trabalhos relacionados a serviços on-demand predominando.
  12. A China está tornando-se um hub para as maiores empresas de internet do mundo. O país agora é sede de nove das 20 maiores empresas da internet – enquanto os EUA têm 11. Há cinco anos, a China, tinha dois e os EUA tinha nove.
    Embora seja legal colocar números sobre fatos e quantificar mudanças, algumas destas conclusões confirmam o que muitas pessoas já esperavam.

FONTE: MEIO & MENSAGEM ONLINE)